INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: BREVE ANÁLISE DO SURGIMENTO AOS DIAS ATUAIS

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: BREVE ANÁLISE DO SURGIMENTO AOS DIAS ATUAIS

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Elisa Oliveira da Conceição – Et Al. [1]

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RESUMO

Este artigo é baseado na história da tecnologia e seu uso na sala de aula no Brasil, e em uma análise baseada numa contextualização histórica, numa relação ser humano-máquina-realidade, examinando o uso das novas tecnologias na educação, como também aspectos da aula que podem ser ampliados ou reduzidos com os recursos da informática, bem como mostrar a realidade das políticas publicas brasileiras no setor.

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PALAVRAS CHAVE: Educação. Novas tecnologias. Sala de aula.

1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, vemos a tecnologia ganhar cada vez mais espaço no mundo. Hoje grande parte das coisas que possuímos, adquirimos através dela. O uso dos computadores está cada vez mais presente nos supermercados, nas lojas, indústrias, agricultura... No entanto, não tão presente nas escolas. A educação não pode ficar de lado, já que sabemos que um indivíduo precisa dela para sua formação, sendo essa formação de real importância, devendo ser integral e preparatória para a sua vida. Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor desde 1996, já preconizar a necessidade da “alfabetização digital” em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, o censo escolar do Ministério da Educação (MEC), realizado em 1999, revelou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham, naquele ano o acesso a Internet, e cerca de 63 mil escolas do país não tinham sequer energia elétrica. Felizmente nos últimos anos, esse quadro está mudando com as novas iniciativas governamentais. Porém a exclusão digital nas escolas brasileiras ainda é grande.

2. DESENVOLVIMENTO

A Informática na Educação, no Brasil, nasceu a partir do interesse de educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos da América e França. Em 1971 a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE), realizada na Universidade Federal de São Carlos, E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A., minstrou um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física. Em 1982, no I Seminário Nacional de Informática na Educação, realizado em Brasília, Mme. Françoise Faure, encarregada da Área Internacional da Direção Geral das Indústrias Eletônicas e de Informática da França, ministrou uma das duas palestras técnicas do evento - a outra foi ministrada por Felix Kierbel, Diretor do Centro Nacional de Ensino de Informática do Ministério da Cultura e Educação da Argentina (Seminário Nacional de Informática na Educação 1 e 2, 1982). Mesmo nos países como Estados Unidos e França, locais onde houve uma grande proliferação de computadores nas escolas e um grande avanço tecnológico, as mudanças são quase inexistentes do ponto de vista pedagógico. As mudanças pedagógicas são sempre apresentadas ao nível do desejo, daquilo que se espera como fruto da informática na educação. Não se encontram práticas realmente transformadoras e suficientemente enraizadas para que se possa dizer que houve transformação efetiva do processo educacional como por exemplo, uma transformação que enfatiza a criação de ambientes de aprendizagem, nos quais o aluno constrói o seu conhecimento, ao invés de o professor transmitir informação ao aluno. Existem outras barreiras que nem o professor nem a administração da escola conseguem vencer sem o auxílio de especialistas na área. Primeiro, dificuldades de ordem administrativa sobre como viabilizar a presença dos professores nas diferentes atividades do curso ou problemas de ordem pedagógica: escolher um assunto do currículo para ser desenvolvido com ou sem o auxílio do computador. Segundo, os assuntos desenvolvidos durante o curso devem ser escolhidos pelos professores de acordo com o currículo e a abordagem pedagógica adotadas pela sua escola. É o contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que vai ser trabalhado pelo professor do curso. O curso de formação deixa de ser uma simples oportunidade de passagem de informação para ser a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento que o professor constrói. Terceiro, esses cursos devem estar desvinculados da estrutura de cursos de especialização. Essa é uma estrutura rígida e arcaica para dar conta dos conhecimentos e habilidades necessárias para preparar os professores para o uso do computador na educação. As novas possibilidades que os computadores oferecem como multimídia, comunicação via rede e a grande quantidade de software disponíveis hoje no mercado fazem com que a formação do professor  tenha que ser mais profunda para que  possa entender e ser capaz de discernir entre as inúmeras possibilidades que se apresentam.

3. CONCLUSÃO

As novas tecnologias só terão sentido a partir de uma mudança da postura pedagógica do professor e com um repensar deste sobre sua própria prática, conceber que existem outras maneiras de explorar e representar o mundo. Tecnologias na escola envolvem não somente garantir a presença dos meios em sala de aula, mas, principalmente garantir sua integração nos processos curriculares. Desta forma não podemos esquecer que os professores são sujeitos que possuem suas próprias maneiras de entender a prática e de implementá-la. São as suas concepções e competências profissionais que irão definir o uso que irão fazer de qualquer meio, tecnológico ou não, na escola. Além desse aspecto, a Informática educacional como se pode notar, deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.

4. REFERÊNCIAS:

VALENTE, José Armando ET al. “O computador na sociedade do Conhecimento”.In VALENTE, José Armando ET al. Informática na educação no Brasil, analise e contextualização histórica. São Paulo: USP/Estação palavra (p. 11 a 27);

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede — a era da informação: economia, sociedade e cultura; v. 1. 3.ed. São Paulo, Paz e Terra, 2000;

OLIVER, Richard W. Como serão as coisas no futuro. São Paulo: Negócios Editora, 1999.

LOPES, Prof. José Junio. A introdução da informática no ambiente escolar. Disponível em: < http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/library/valente.html>

Armando de Sant’Anna Junior, Dayse Regina Pereira do Nascimento, Elisângela Menezes de Lima, Flávio Santos, Luzânia do Carmo Santos Oliveira[2]


[1] Graduada em Letras Português/Inglês pela Faculdade Atlântico. Email: eoconceicao@hotmail.com.

[2] Colaboradores do artigo.