O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA E OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA E OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

ANÚNCIO

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Elisa Oliveira da Conceição [1]

RESUMO

ANÚNCIO

O presente artigo visa abordar, de maneira prática, a importância do aprendizado de uma segunda língua, neste caso a língua inglesa. Além deste aspecto, tendo como “apoio” aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de língua estrangeira, tratará da seguinte questão: De que maneira o educador deve reger sua aula para que o processo de ensino torne-se realmente eficaz? Quais objetivos ele deve ter ao lecionar e tornar os educandos indivíduos aptos a interagir com o mundo globalizado?

ABSTRACT

The article aims to address in a practical way, the importance of learning a second language, in this case English. Besides this aspect, which "support" National Curriculum Parameters (PCNs), foreign language, will address the following question: How does the educator must govern their classroom for the teaching process to become really effective? What he must have goals to teach the students and make individuals able to interact with the globalized world?

INTRODUÇÃO

A necessidade de aprender outra língua e estar interagindo com falantes de outro idioma é muito antiga. “Ao longo da história de ensino de línguas, muitas abordagens e métodos vêm sendo desenvolvidos e utilizados, alguns conseguindo maior destaque que os outros” (BASSETTI, 2006, p. 28).

Adquirir uma segunda língua não significa somente uma questão de “status”, mas de uma necessidade, para que se tenha um diferencial tanto na questão intelectual quanto na vida profissional. Por este motivo os educadores de língua estrangeira devem buscar um método que faça com que o processo de aprendizagem tenha resultados satisfatórios, ou seja, uma abordagem que auxilie ao professor trabalhar, atingindo as perspectivas do aluno.

Contudo, o professor deve buscar metodologias que o auxiliem a atingir seu objetivo como educador, tornando o processo de aprendizado realmente eficaz.

Podemos perceber que com a globalização, o aprendizado da língua inglesa tem ser tornado essencial para que o indivíduo possa interagir com o mundo em que ele vive e faz parte.

De acordo com Paiva (2005, p. 18):

Aprender a língua inglesa hoje é tão importante como aprender uma profissão. Esse idioma tornou-se tão necessário para a vida atual que, para conseguirmos aprimorar qualquer atividade profissional, seja no campo da medicina, da eletrônica, física, etc., temos de saber falar inglês (...). Hoje, o inglês tornou-se o mais importante e essencial idioma do século XX.

Mas, apesar de termos essa consciência, em nosso país, o ensino da língua inglesa em sala de aula tem encontrado certos tipos de dificuldades.

Segundo Bassetti (2006, p. 28):

A preocupação com as metodologias utilizadas em sala de aula surge ao longo da história do ensino de línguas, na qual se procurava o melhor método ou uma abordagem que fosse adequada. Estes conceitos encontram-se ligados a processos históricos e sociais que são refletidos no ensino de  línguas, os quais se baseiam cada um em uma determinada visão de língua, linguagem, ensino  e aprendizagem, de  técnica e de materiais, que  se  enquadram  em uma abordagem.

Tanto a metodologia quanto e a abordagem devem ser adequados, de acordo com a necessidade de cada educador, sendo que este deve sempre se preocupar com os educandos, com o que está emitindo. Porém, isto por muitas vezes não acontece.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) de língua estrangeira, no que se refere à perspectiva educacional:

A aprendizagem de Língua Estrangeira contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão da(s) cultura(s) estrangeira(s). (BRASIL p. 37, 1998).

Percebemos que o ensino de língua estrangeira deve contribuir para a formação individual e coletiva dos discentes, desenvolvendo sua capacidade intelectual e despertando-os para o aprendizado de uma nova língua, para que se tornem cidadãos críticos, mas que saibam respeitar as diversidades existentes no mundo de que eles fazem parte, indo muito além de “palavras”.

Ainda de acordo com os PCNs:

Nesse sentido, a aprendizagem do inglês, tendo em vista o seu papel hegemônico nas trocas internacionais, desde que haja consciência crítica desse fato, pode colaborar na formulação de contradiscursos em relação às desigualdades entre países e entre grupos sociais (homens e mulheres, brancos e negros, falantes de línguas hegemônicas e não-hegemônicas etc.). Assim, os indivíduos passam de meros consumidores passivos de cultura e de conhecimento a criadores ativos: o uso de uma Língua Estrangeira é uma forma de agir no mundo para transformá-lo. A ausência dessa consciência crítica no processo de ensino e aprendizagem de inglês, no entanto, influi na manutenção do status quo ao invés de cooperar para sua transformação. (BRASIL, p. 40, 1998)

Estes parâmetros demonstram que o fato do inglês ter se difundido como língua universal pode ser um importante fator que contribua para a melhoria de relações interpessoais entre países, povos e culturas, podendo haver assim maior troca de conhecimentos e experiências que levem ao enriquecimento intelectual dos atores presentes nessa relação.

Logicamente, entendemos que vários elementos se conjugam a fim de dar conta da aprendizagem de uma língua estrangeira, contudo, um desses fatores, pode-se dizer que é o mais importante é o “estar motivado para aprender”, pois ele constitui a melhor forma de aprendizado, independente da metodologia ou abordagem a ser utilizada. Acredita-se que para manter a motivação pela língua estrangeira em estudo, o aluno precisa se engajar no processo, ou seja, tem de “aprender a aprender” e ser capaz de assumir uma parte de responsabilidade por sua aprendizagem.

CONCLUSÃO

“Consequentemente, caberá ao professor dar uma melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, cabendo a ele desenvolver novas práticas didáticas que permitam aos discentes um maior aprendizado.” (CHAGURI, 2004, p. 04).

Percebemos assim, que o educador de língua estrangeira, nesse caso a língua inglesa, deve sempre procurar estar melhorando sua forma de ensino, independentemente de qual seja a metodologia adotada por ele, visando sempre fazer com que os educandos despertem o prazer, a vontade de aprender uma segunda língua, fazendo com que o processo de aprendizagem seja o mais produtivo possível.

REFERÊNCIAS

BASSETTI, Mariela Zebian. A gramática da língua inglesa no ensino público: Implementação de uma proposta pedagógica voltada para a comunicação. Disponível em:<http:www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=31947>. Acesso em 01 de março de 2010.

BRASIL - Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Língua Estrangeira/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1998.Disponíveliiem:<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf>. Acesso em 27 de março de 2010

CHAGURI, Jonathas P. A Importância da Língua Inglesa nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

Disponível em: <www.linguaestrangeira.pro.br/artigos_papers/artigo_jonathas1.doc> Acesso em 01 de março de 2010.

DANTAS, Otacílio do Carmo. A metodologia do ensino da língua inglesa no 6º ano A da Escola Estadual Professor Benedito Oliveira. Aracaju; Faculdade Atlântico. 2010.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e (org.). Ensino de língua inglesareflexões e experiências. Campinas, SP; Pontes Editores, 3ª edição - 2005.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico: Diretrizes para o trabalho didático-científico na Universidade. São Paulo; Cortez & Moraes Ltda. 1975.


[1] Graduada em Letras português&inglês e suas respectivas literaturas. E-mail: eoconceicao@hotmail.com.