A Alma feminina das Empresas

A Alma Feminina das Empresas Apesar do grande crescimento das mulheres no mercado de trabalho, algumas pesquisas indicam que elas já ocupam, nos EUA, 30% do corpo gerencial, o composto final do espírito e caráter de uma empresa ainda é predominantemente masculino. Mesmo que não sejam saudáveis, e até aceitáveis, as justificativas são em grande número.

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A organização empresarial do final do século XIX se baseava em uma rígida disciplina oriunda dos militares, dos professores e até dos padres. O organograma é uma ferramenta inspirada no exército da Prússia, focado no controle, na especialização, nos feudos, nos estratos hierárquicos. Uma peça tipicamente masculina. Foi ele que orientou a mentalidade e até a filosofia da condução dos negócios.

Betty Friedman e sua Revolução Feminista aparecem somente no alvorecer dos anos 70. Em outras palavras, as mulheres despertam sua verdadeira potencialidade e a ocupação de um justo espaço no mundo há pouco mais de trinta anos. Até então o Zeitgeist – o espírito dos tempos – era masculino e até machista. É claro, que a empresa como reflexo da sociedade incorpora este paradigma. Em verdade, a antropologia e os valores facilitaram e incentivaram este ambiente. Margareth Mead foi enfática na análise desta dualidade: "Retirem-se alguns ornamentos culturais dos homens e mulheres e nós teremos o mesmo animal; é a sociedade que é responsável por fazer crescer as mulheres como tal, que faz as mulheres atuarem como mulheres e os homens como homens".

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Em meu ponto de vista, eu iria até mais longe. Quando se usa, exclusivamente, as competências e qualidades masculinas, estamos jogando pela janela as indiscutíveis capacitações de caráter predominantemente feminino. Mais ainda, o mundo de hoje está necessitando destas qualificações. A intuição feminina é fundamental como ferramenta estratégica para a decisão no mundo da ambiguidade. Sua sensibilidade é imprescindível para gerenciar as emoções, hoje requisito muito acima do controle burocrático. Seu perfeccionismo é arma contundente para o exercício da qualidade e da inovação. E seu amor é a única atitude que gera o comprometimento: indispensável à competitividade destes dias. A área de Recursos Humanos das empresas tem que colocar como prioridade em sua agenda estratégica a Política de Otimização do Uso das Competências Femininas. É preciso perguntar-se se estes atributos estão sendo usados devidamente. É necessário ter consciência do balanceamento entre executivos dos dois sexos. Mais que tudo, é preciso fomentar a sinergia entre a capacitação de cada um. A proposta fica longe do confronto: ela é de sinergia, de união. Porque, sinceramente, o coração e o cérebro de uma empresa podem ter de forma dominante a essência masculina. Porém, as dimensões da emoção, e de sua própria alma, estas sim, são indiscutivelmente femininas.

Boa leitura...

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