Resumo do filme “O Ponto de Mutação” baseado no livro de Fritjof Capra em 1983, com o mesmo título.

Em síntese, o filme argumenta e defende de maneira articulada que, são necessárias mudanças rápidas e contínuas com a realidade mundial, pois com a mudança de paradigma e, por conseguinte, a “alfabetização ecológica” dentro da racionalidade da teoria de sistemas vivos, tem as engrenagens essenciais para as totalidades, isto é, a visão do mundo em sistemas, produz sensibilidades e flexibilidades com as realidades e totalidades do mundo, portanto, são necessárias mudanças nobres nas atitudes sociais, para que se possam contornar os grandes problemas mundiais, daí são proporcionados uma percepção do mundo holística e prudente. Através de três protagonistas: a ex-cientista ou ex-física (a cientista), com problemas sociopessoais, porém com uma visão em percepção de mundo conectado, numa teia da via; o poeta, romântico; e, sobretudo, o político. Observando e comparando os hábitos culturais do ocidente atual, como, por exemplo, a medicina, a biologia, a psicologia e, contudo, a economia, pois estão dentro da racionalidade econômica de segregação capitalista. Então, o filme “O Ponto de Mutação”, compara os ideais de René Descartes (cartesiano), ao novo paradigma necessário e sustentável do século XX (a visão esclarecida de observar o mundo em conexões e, em sistemas). Sabendo que, o pensamento cartesiano é o modelo acadêmico e científico (reducionista) que se revelou nos últimos séculos. Já, a visão em sistemas (a teia da vida), tem uma ótica sistêmica, vendo as totalidades sem divisões, ou seja, sai da linha de pensamento empírico reducionista de, enxergar o mundo com suas partes, pois analisa o todo como dinâmica indissociável. Nesse sentido, os estudos das partes, paulatinamente, não permitem conhecer os funcionamentos do relógio, das engrenagens e, do organismo porque propagam crise de percepções.

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Enfim, o filme “O Ponto de Mutação” faz uma apologia à crítica aos pensamentos reducionistas e mecanicistas, estruturados pelos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como Bacon, Newton e Descartes. Pois o pensamento sistêmico proposto salienta que, o reducionismo não oferece paradigmas (parâmetro) auto-suficientes para o desenvolvimento humano, numa busca racional de equilíbrios e, interdisciplinaridades, porém, sem negar a racionalidade científica. Porque é necessária uma nova visão de mundo, pois a atual não é holística e, nem nobre, pelo contrário, tende a manter status quo das elites corruptas, detentora da maior parte da renda produzida, a saber, favorece as grandes empresas internacionais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CORRÊA, Roberto L. A. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro, Editora Bertrand, 1995 - Co-Organizador com Iná Elias de Castro e Paulo Cesar da Costa Gomes.

MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2007.